CONHECIMENTO COMPARTILHADO
EDUCS lança novos títulos em evento que enaltece a importância do livro.
"O livro é um dos instrumentos mais interessantes inventados
pelo homem. É uma extensão da memória da humanidade, da
imaginação (...) Uma das suas funções é recordar e registrar o
passado, mas ele é
também uma forma de acessar o
mundo. Através das imagens e das palavras podemos sonhar
com um novo mundo, com uma nova possibilidade de futuro (...)
Um evento de lançamento de livros em uma Universidade é o maior
de todos os eventos". Trecho da fala do reitor Evaldo Kuiava,
durante o evento de lançamento de livros publicados pela
Editora da Universidade de Caxias do Sul(EDUCS).
Ato acadêmico que celebra o compartilhamento da
experiência do ato criativo e o cumprimento de um
dever moral que imprime marcas na trajetória de seus autores e
na própria trajetória institucional, o
evento de lançamento das publicações mais recentes da EDUCS,
possibilitou não só uma reflexão sobre a importância do livro,
mas foi também uma oportunidade para
destacar alguns pontos primordiais relacionados à Missão da
Universidade e às responsabilidades
dos professores e pesquisadores na produção e
socialização do conhecimento.
Aposta no livro
"Pertencemos a uma Instituição que se atribuiu o dever
primordial de produzir, sistematizar e socializar
o conhecimento com qualidade e relevância para o desenvolvimento
sustentável, logo, que aposta no livro como uma
das suas principais ferramentas para viabilizar a consecução
de sua missão juntamente com o curso de pessoas engajadas e
estruturas acadêmicas e administrativas específicas em
diferentes níveis". Professora Marcia Maria Capellano dos
Santos, uma das organizadoras da obra "Laços Sociais",
lançada naquela noite, ao dirigir-se, em nome dos demais autores,
à plateia de convidados.
Nove professores da Universidade
participaram do
lançamento coletivo de seus livros, publicados pela
Editora da Universidade, realizado na noite de
quinta-feira, dia 28 de agosto, no Salão de Atos da Reitoria.
O encontro teve a participação do reitor Evaldo Kuiava, do
pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, José Carlos Köche, do
coordenador da EDUCS, Renato Henrichs,
de professores,
alunos, autores e seus familiares. Após o lançamento, os
autores autografaram suas obras e confraternizaram com seus
convidados.
Sentimento de pertença
Falando em nome dos seus colegas autores, a professora Marcia
Maria Capellano dos Santos, que também é membro do Conselho Editorial da EDUCS falou sobre uma
experiência que certamente era comum a todos os autores: "o sentimento de
pertença marcado pelo orgulho de pertencer e da experiência de
poder expressar reconhecimento". No entanto, a estrela da
noite era mesmo o livro,
esse objeto que, mesmo com o anúncio de um "fim iminente",
continua a exercer fascínio em pessoas de todas idades,
como se pode comprovar nas feiras de livros que
já se tornaram programação obrigatória da maioria das
cidades brasileiras. Dados do Ministério da Cultura registram
que, a
cada ano, no Brasil, dez milhões de leitores visitam feiras
de livros, e esse número cresce ano a ano.
"Se é consensual o entendimento sobre a importância da
leitura, ele também o é em relação à importância do livro,
livro que é sempre produto de um ato criativo. Entendo que o
processo de criação, por sua natureza anímica, nos vivifica,
nos revitaliza,
porque revitaliza a consciência de nossas limitações e, ao
mesmo tempo, permite-nos imprimir marcas que nos
individualizam e sociabilizam. Os livros aqui lançados,
portanto, permitem-nos compartilhar a alegria de nos ter
sido possível viver essa experiência
criativa - o que nos é fundamental.
Por outro lado, esses mesmos livros encerram algumas
características que os diferenciam de tantos outros publicados,
mas que lhes dão um sentido todo particular. Falo do fato de sua
produção dar-se no seio da comunidade científica, da comunidade
acadêmica. Seus autores
são professores, pesquisadores, logo, são obras que decorrem
dos processos de ensinar e pesquisar, mas que, inversamente,
a eles também se destinam. Temos claro que a produção de
conhecimento, muito longe de objetivos ou satisfações
autocentrados, tem de estar a serviço do desenvolvimento do
próprio conhecimento, este tornado acessível, submetido à
crítica e posto permanentemente a serviço do desenvolvimento
pessoal, social, profissional e da melhoria da qualidade de
vida - sem o que, ficamos em falta com o que nos compete
fazer na nossa cotidianidade".
Fotos: Claudia Velho
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