JOVENS PESQUISADORES: um encontro para celebrar a pesquisa.
Entre os dias 16 e 18 de setembro, o XXII Encontro de Jovens Pesquisadores e IV Mostra
Acadêmica de Inovação e Tecnologia movimentam a Cidade Universitária com os trabalhos
de alunos de iniciação científica e tecnológica.
Acompanhe a programação.
Veja as fotos dos eventos.
Setembro costuma ser um mês decisivo para os alunos de iniciação científica na UCS. É
nesse período que os jovens pesquisadores reúnem as informações obtidas ao longo da primeira
etapa do ano e verificam os resultados das pesquisas em que atuam. Depois disso, eles precisam
produzir resumos, criar pôsteres com informações sobre os trabalhos e passar pela apresentação
oral, diante dos próprios orientadores e também pelos avaliadores da Universidade.
Neste ano, o Encontro de Jovens Pesquisadores chega à 22ª edição e ocorre entre os dias 16 e
18 de setembro. Ao todo, serão 333 trabalhos, divididos em três diferentes áreas: 107 pertencem
à área das Ciências da Vida, 106 às Ciências Exatas e 120 às Ciências Humanas. Paralelo ao
encontro, ocorre também a IV Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia, com os trabalhos que se
destacaram em inovação.
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Arthur vai apresentar trabalho sobre o filósofo Immanuel Kant.
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A exigência de um novo espectro
do raciocínio ético
O estudante de Filosofia Arthur Lohmann Massiero, 27 anos, é um entre os 120 pesquisadores da
área de Ciência Humanas. Até começar a estudar "A Humanidade como fim em Kant" – trabalho que
apresenta na manhã do primeiro dia de evento – ele seguiu por um caminho incomum. Aos 17 anos,
ingressou no curso de Engenharia Química. Sete anos depois, conheceu a Filosofia por intermédio
de sua mãe, que era aluna no curso. Como ela teve um câncer de mama, Arthur precisou acompanhá-la
durante as aulas.
Foi ao assistir as disciplinas que acabou gostando da graduação e, há dois anos, trocou de curso.
O que mais chamou a atenção na Filosofia foi a liberdade de pensamento e a possibilidade de não
ficar restrito a apenas uma ideia. Arthur sempre se interessou pelo pensamento do filósofo Immanuel
Kant. Foi em uma aula "kantiana" que ele foi convidado pelo professor Paulo César Nodari a ingressar na pesquisa.
O trabalho aborda questões como o conceito de humanidade em Kant e o descompasso científico e
tecnológico. "O descompasso entre os avanços da ciência e
tecnologia ampliaram a margem de liberdade
e autonomia. Por outro lado, exige-se um novo espectro
do raciocínio ético", comenta.
Arthur ficará envolvido durante os três dias de evento. Na quinta-feira, último dia, ele e os demais
jovens pesquisadores deverão apresentar seus pôsteres, a partir das 14h, no auditório do Bloco J. Na
sequência da programação, acontece no local uma mesa-redonda que vai debater a "Ética na Pesquisa" e
que contará com a participação do reitor Evaldo Antonio Kuiava, do pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação,
José Carlos Köche, e do pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),
professor Ricardo Timm de Souza. Às 18h, acontece a sessão de premiação dos melhores trabalhos.
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Bruna Pandolfi estuda a migração de senegaleses a Caxias do Sul.
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Senegaleses em Caxias será tema de estudante de Serviço Social
Bruna Pandolfi, 22 anos, já é experiente em apresentar trabalhos no Encontro de Jovens Pesquisadores.
Natural de Flores da Cunha, a acadêmica de Serviço Social participa pela quarta vez do evento. Já no
primeiro dia da mostra, ela falará sobre a presença crescente de imigrantes senegaleses em Caxias do Sul.
O interesse pelo Serviço Social surgiu em um teste vocacional. Bruna, que ingressou na UCS em 2010, recorda
que se apaixonou pela área desde o início. “Me identifiquei de cara com o curso e descobri que é o que desejo
profissionalmente. O que mais me chamou a atenção foi a possibilidade de trabalhar diretamente com as pessoas”,
conta a jovem, que ainda tem dúvidas se atuará no mercado de trabalho ou ingressará em um mestrado.
Nesta edição do Jovens Pesquisadores, Bruna apresentará o trabalho intitulado "Do Senegal para o Brasil: a
presença dos imigrantes em Caxias do Sul", orientado pela professora Vania Beatriz Merlotti Heredia.
"É uma experiência muito enriquecedora. Foi muito bom poder ter contato com pessoas de outra cultura e país.
Acredito que o tema é importante para a sociedade discutir. Na minha área, vou lidar com migrantes e é preciso
estar preparada para recebê-los", comenta.
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Oscar analisa a adição de nanoargilas na melhora da resistência de tintas.
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A química das tintas
Oscar de Almeida Neuwald, 22 anos, apresenta seu primeiro trabalho nesta edição do Encontro de Jovens Pesquisadores.
Acadêmico de Engenharia Química, está há seis meses trabalhando na pesquisa de "Avaliação do efeito da adição de
nanoargilas em uma tinta em pó de resina acrílica", com orientação do professor Ademir Jose Zattera.
O acadêmico está na metade do curso e sempre teve certeza que queria cursar Engenharia. Ele optou pela Engenharia
Química pela facilidade com a disciplina. Quando teve oportunidade de entrar no projeto de pesquisa, aceitou.
O objetivo do trabalho é melhorar a resistência da tinta contra o fogo. Para isso, foram adicionados nanoargilas
na resina da tinta. "Aprendo bastante na pesquisa, porque trabalhamos bastante a prática. O trabalho agrega muito
para minha carreira e a experiência é ótima", comenta.
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Aluna de psicologia que estuda a hospitalidade
Bruna Demantova Gurjão, 27 anos, cursa o último ano de Psicologia. Mas já no segundo semestre da graduação, demonstrou
interesse pela pesquisa. O desejo por participar de estudos acadêmicos vem de família. O irmão e uma prima da jovem também são
pesquisadores.
O estímulo de casa fez com que, no 3º semestre, ela ingressasse no núcleo de pesquisa do Mestrado em Turismo. Desde então,
foram quatro apresentações no Encontro de Jovens Pesquisadores – sempre com o mesmo objeto de estudo, a hospitalidade.
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Estudante de Psicologia, Bruna Gurjão analisa o conceito de hospitalidade.
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Como acadêmica de Psicologia, Bruna propõe uma leitura da hospitalidade pelo viés das relações interpessoais. Nesta edição
do encontro, ela apresenta o trabalho "Ressignificação do conceito de hospitalidade no âmbito escolar: aplicação de um modelo
de intervenção", orientada pela professora Marcia Maria Cappellano dos Santos.
No trabalho, Bruna fez a análise, em um primeiro momento, de como a escola acolhe os alunos mais novos. Em um segundo passo,
foi feita a intervenção, com questões sobre o que não estava funcionando no acolhimento e como as relações se fragilizavam
com o tempo.
A possibilidade de reflexão e trabalhar com a forma de pensamento, apropriando-se do conhecimento, são alguns pontos
positivos do trabalho de pesquisa que foram elencados pela acadêmica. "A iniciação científica agregou muito para mim.
Vejo como era a minha graduação antes e depois da pesquisa. É uma forma de reproduzir meu próprio conhecimento", conta.
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Texto: Ana Carolina Vivan e Vagner Espeiorin. Fotos: Claudia Velho.
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