Em visita à Universidade, presidente da CAPES fala sobre os desafios da pós-graduação no país.
"As universidades devem avançar com a
internacionalização e isso pode ser feito através das parcerias na
Pós-Graduação e através da mobilidade acadêmica que
nós incentivamos através do Programa Ciência sem Fronteiras".
Assim, o professor
Jorge Guimarães, presidente da CAPES, destacou a preocupação e o
atual
desafio das universidades brasileiras, afirmando que a CAPES
vem ampliando
seus modelos de financiamento para as universidades públicas e
comunitárias. "O novo marco será a utilização do
Sistema de
Financiamento Estudantil (FIES), hoje restrito aos estudantes
de graduação, também para os estudantes de Mestrado e
Doutorado".
Com uma história de 63 anos marcada pela continuidade das
suas
ações, a
CAPES é uma fundação do Ministério da
Educação e responde
pela expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu
(mestrado e doutorado) em todo os estados da Federação. Seus
avanços e os principais desafios da atualidade foram a tônica do
pronunciamento do presidente Jorge Guimarães, em encontro
na manhã de
hoje (26) com a equipe da Reitoria, os coordenadores dos
programas de
pós-graduação e os diretores dos Centros do
Campus Universitário de Caxias do Sul.
Efeito Multiplicador
Detalhe do encontro na Sala dos Conselhos.
Juntamente, com o secretário da Ciência, Inovação e
Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Rio Grande do Sul,
Cleber Prodanov, e
acompanhado pelo reitor e pró-reitores,
o presidente da CAPES participou de uma programação que
se iniciou com uma recepção na Reitoria e terminou na
cidade de Flores da Cunha, onde conheceu a Escola de
Gastronomia da UCS e visitou uma vinícola que
tem projetos em parceria com a Universidade.
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Na visita à Escola de Gastronomia da UCS, o chef Mauro Cingolani explica como se realizam os programas de ensino em Gastronomia e Enologia.
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Em sua saudação, o reitor Evaldo Kuiava reconheceu o
apoio que a CAPES e a Secretaria de Ciência, Inovação e
Desenvolvimento Tecnológico (SCIT-RS) têm dado às universidades
comunitárias,
especialmente no que se refere aos diferentes programas de
bolsas, via lançamento de editais públicos, que
"contribuem para a qualificação dos
nossos alunos e dos nossos cursos de graduação e pós-graduação".
Já o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, José Carlos Köche,
elogiou as medidas da CAPES e os acordos com a Secretaria de
Estado voltados para as universidades comunitárias,
"que nos permitem obter mais recursos públicos, na forma de
bolsas e taxas, que têm um efeito multiplicador na nossa
pós-graduação".
A UCS mantém
treze programas de pós-graduação
stricto sensu, com catorze cursos de
Mestrado e quatro de Doutorado. E todos que
já passaram pela avaliação trienal
da CAPES têm conceitos 4 ou 5. [ Saiba mais.]
Ao discorrer sobre a trajetória da CAPES desde a sua criação,
o professor
Jorge Guimarães, presidente do órgão desde
fevereiro de 2004, pontuou as conquistas e avanços da
pós-graduação no Brasil. "Em 1951, quando a
CAPES foi criada, o Brasil tinha
cinco universidades, importava alimentos e recebíamos
doação de leite em pó dos Estados Unidos.
Em 1953, o Brasil mandou os três primeiros pesquisadores para
universidades estrangeiras. Hoje, temos 230 mil estudantes
de pós-graduação no país;
priorizamos a indução de novos cursos e
áreas estratégicas para o país;
criamos o mestrado profissional; fizemos a interação
entre a pós-graduação e a educação básica; ampliamos o acesso
das universidades ao Portal de Periódicos da CAPES;
criamos o Programa Ciência Sem Fronteiras; priorizamos a
formação de professores, instituindo o
Programa de Bolsas de Iniciação à Docência; e estamos criando
cursos de pós-graduação
na modalidade a distância como forma de diminuir a
disparidade regional na oferta de programas de pós-graduação", exemplificou o presidente.
Os coordenadores da pós-graduação aproveitaram o encontro para conversar com o presidente da CAPES sobre questões
pontuais referentes às suas áreas de atuação.
Fotos: Claudia Velho e Luizinho Bebber
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