Projeto Rondon: o estímulo às ações de capacitação e às práticas empreendedoras.
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Grupo promove trabalho voluntário no município maranhense de Monção.
Acompanhe os relatos do rondonista
Vagner Espeiorin no site UCS MINHA ESCOLHA.
Nem mesmo as chuvas dos últimos dias parecem amenizar o calor que faz na pequena cidade de Monção, no interior do Maranhão. Em meio às temperaturas altas e à incidência de precipitações, a população aproveita para realizar oficinas oferecidas por oito acadêmicos e duas professoras da UCS.
Entre as atividades preparadas pela equipe que participa do Projeto Rondon, a oficina de Corte e Costura tem se destacado entre a população local. Com um perfil de capacitação, o curso foi inicialmente oferecido em dois horários: pela manhã e à tarde. As 15 vagas disponibilizadas em cada turma, porém, foram insuficientes para toda a demanda. Resultado: o número de participantes em cada horário foi ampliado e uma turma noturna foi criada.
Apesar do trabalho em pleno período de férias, a aluna do curso de Engenharia Civil, Geise Santos, comemora a procura acentuada pela oficina.
“Tem muitas pessoas realmente interessadas em aprender. Elas interagem bastante e são bastante dispostas. Durante as aulas, elas demonstraram o interesse de criar uma cooperativa de costura e artesanato para que as mulheres possam obter uma renda maior e de forma colaborativa”, explica a estudante, lembrando que a procura das mulheres pelo curso foi intensa.
Em busca de empreendedores
Apesar de oficialmente localizado no Nordeste, o município de Monção se diferencia do clima tipicamente árido que costuma assolar estados da região Nordeste. O alto índice anual de chuvas se explica por um motivo: a cidade se localiza na região de transição para a Amazônia.
Ali, os ciclos da cana-de-açúcar acabaram gerando uma economia dinâmica no século XIX, mas, com a falência dos engenhos no início do século XX, a região passou a experimentar um acentuado declínio. Nem a atividade extrativista do Babaçu, que veio poucos anos depois da cana, conseguiu frear o avanço da pobreza. Hoje, Monção tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humanos (IDH) do Maranhão e é evidente a necessidade de fortalecer a geração de renda na localidade.
A acadêmica de Engenharia de Controle e Automação e presidente da UCS Empresa Júnior, Fernanda Cardoso Setti, levou à localidade oficinas de empreendedorismo. Na Casa Familiar Rural, a acadêmica ministrou atividades aos alunos do curso Técnico em Agropecuária. Durante a aula, a futura engenheira propôs aos estudantes a criação de um empreendimento, que sanasse alguma deficiência existente em Monção. Empresas de reciclagem e destinadas à melhoria do trânsito foram algumas das propostas criadas pelos alunos.
“Foi uma experiência muito interessante. As pessoas têm uma capacidade de mostrar criatividade, pensar em negócios e de propor melhorias, mesmo em ambientes carentes. Para eles, nós trazemos novidades e vemos que eles buscam alternativas para melhorar a própria comunidade”, comenta.
As atividades em Monção seguem até o dia 31 de janeiro, com oficinas e ações culturais na cidade maranhense.
Fotos: Vagner Espeiorin
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