Experiências de intercâmbio internacional no Campus Universitário da Região das Hortênsias.
Juntamente com estudantes de Direito da UFRGS e de UFSM, os estudantes ingleses
conheceram a estrutura da
unidade universitária e o Projeto
Pedagógico do curso de Direito. Visita teve a participação de
representantes da OAB-RS.
Um grupo de acadêmicos de Direito da
University of Kent, acompanhados pela professora Johanne Mary
Thompson, foram
recepcionados no dia 1º de agosto no Campus Universitário da
Região das Hortênsias, em Canela. Acadêmicos da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da
Universidade Federal de Santa Maria também participaram da
visita, que teve como finalidade criar laços de cooperação entre
os universitários brasileiros e ingleses.
Para a diretora do Campus Universitário da Região das Hortênsias,
professora Margarete Fátima Lucca, "promover a integração entre
nossos estudantes e os estudantes de instituições tão renomadas
contribui para qualificar a nossa Universidade, que busca a
excelência e, nesse sentido, o intercâmbio internacional, de
professores e estudantes, é um movimento
fundamental. Há poucos dias duas estudantes do nosso curso de
Administração retornaram após seis meses de estudos na
Universidade do Algarve, em Portugal.
Desejamos estimular nossos estudantes para participarem de
atividades no exterior, assim como estamos sempre de portas
abertas para os estudantes e professores estrangeiros que desejam
conhecer melhor a Universidade de Caxias do Sul e atuar conosco".
No encontro de sábado, estavam presentes o Grupo de Assessoria
a Imigrantes e Refugiados e membros da Rede Brasileira de
Pesquisadores em Direito Internacional, além de integrantes da
Ordem dos Advogados do Brasil – professora Daniela Miranda e o
presidente da OAB Gramado/Canela, Ariel Stopassola, alunos e
egressos da UCS.
O grupo foi recepcionado pelo coordenador do curso de Direito,
professor Guilherme Dettmer Drago – que discorreu acerca do
Projeto Pedagógico do curso –, pela assessora de Relações
Interinstitucionais e Internacionais da UCS, Fabíola Carla
Sartori, pela ex-aluna do curso Michele Sápiras – que falou sobre
sua experiência profissional – e pelo advogado Ícaro Frota
(também egresso da UCS) – que falou sobre a atividade da
Ordem dos Advogados do Brasil.
O Campus Universitário da Região das Hortênsias, através da
coordenação do curso de Direito, também está em
tratativa para a vinda de juristas alemães.
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Aline e Gabriela durante uma visita à Universidade de Coimbra. |
Experiência portuguesa
As acadêmicas do curso de Administração do Campus Universitário da
Região das Hortênsias Aline Cavallin e Gabriela Cavallin
retornaram recentemente de um intercâmbio na Universidade
do Algarve, em Portugal. Segundo elas, quando surgiu a ideia de
realizar um intercâmbio, em junho de 2014, "uma semente foi
plantada. A possibilidade de conhecer e viver culturas diferentes,
de cursar disciplinas em uma universidade da Europa nos fascinou.
E essa ideia se viabilizou através do programa de Mobilidade
Acadêmica da UCS. Pesquisamos muito, e acabamos optando por
Portugal, na Universidade do Algarve, que é conhecida por
receber intercambistas do mundo inteiro".
Ter a coragem de sair da zona de conforto e encarar o desafio de
ficar a oito mil quilômetros de casa e, no final, saber que
valeu o esforço. "Vivenciamos uma cultura diferente, tivemos a
oportunidade de estar em uma roda de amigos com portugueses,
brasileiros, mexicanos, italianos, espanhóis, africanos, romenos.
Percebemos que o paradigma de que na Europa tudo
funciona perfeitamente, as aulas são melhores, os alunos
mais estudiosos e as pessoas tem mais dinheiro, não é uma
verdade absoluta. Constatamos que os problemas são os mesmos
enfrentados no Brasil, porém em uma escala menos desigual.
As aulas são apenas diferentes e não melhores, pelo contrário,
percebemos que no nosso curso o estudante é mais exigido ao longo
do semestre, como por exemplo, trabalhos acadêmicos e a
frequência em sala de aula. Já na Universidade do Algarve muitos
universitários não comparecem às aulas, já que a presença
não é obrigatória. Muitos realizam apenas uma prova, e em alguns
casos, estudam somente na semana que antecede o exame. A relação
entre professores e estudantes, lá em Portugal, é distante,
é mais fria".
Segundo as intercambistas, "o grande diferencial dos jovens
estudantes brasileiros e portugueses, é que nós trabalhamos em
período integral, e estudamos à noite. Os estudantes de
lá somente estudam, e vão para o mercado de trabalho só
depois de formados. Voltamos para o Brasil como pessoas
diferentes, com novas percepções, opiniões e histórias, com uma
visão diferente do nosso próprio país, que sim, temos problemas,
assim como qualquer outro, mas somos um povo acolhedor e de
uma diversidade cultural que não existe em nenhum outro lugar.
Se valeu a pena todo o esforço? O dinheiro investido? Se faríamos
tudo novamente? Com certeza”, concluem.
Fotos: Edison Vara/Agência APF e acervo pessoal
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