Docente do curso de Farmácia recebe Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese 2015.
Tese de Doutorado foi defendida em 2014. Premiação será entregue em dezembro.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
irá outorgar a Michelle Fraga, professora do curso de Farmácia
da UCS, a Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese 2015 da área de
Farmácia pela tese "Desenvolvimento de nanoemulsões catiônicas
peguiladas visando à terapia gênica para a Mucopolissacaridose
tipo I".
A premiação será realizada no dia 10 de dezembro, na sede da Capes, em
Brasília. A docente defendeu sua tese em agosto do ano
passado no Programa de Pós-Graduação de Ciências Farmacêuticas da
UFRGS, com a orientação do professor Dr. Helder Ferreira
Teixeira. Ela ingressou na UCS como docente em 2013, no curso de
Farmácia. Natural de Porto Alegre, fez toda a sua graduação e
pós-graduação na UFRGS. "Entrei em 2000 na Faculdade de Farmácia e
me formei em 2004. Em 2005 iniciei o mestrado no Programa de
Pós-Graduação de Ciências Farmacêuticas da UFRGS e defendi a dissertação em 2007. Até 2010 fui
professora na ULBRA em Canoas e, ainda em 2010, iniciei o
doutorado no Programa de Pós-Graduação de Ciências Farmacêuticas da
UFRGS. No momento, realizo pós-doutoramento na UFRGS", detalha a
docente.
Apaixonada pela vida acadêmica, tanto pela pesquisa quanto
pelo ensino, Michelle vê neste prêmio "o reconhecimento por toda
dedicação, empenho e trabalho de muitos anos".
Ela explica sua tese: "A mucopolissacaridose tipo I (MPS I) é uma
doença hereditária causada pela deficiência de uma enzima
lisossômica conhecida como IDUA, cujas manifestações clínicas
são heterogêneas. Minha tese teve o objetivo de avaliar as potencialidades de nanoemulsões catiônicas peguiladas
como um sistema de transferência gênica para o plasmídeo pIDUA
(plasmídeo que contém o gene que codifica para produção da enzima
IDUA) em um modelo animal de MPS I. Complexos compostos pelas
nanoemulsões catiônicas peguiladas e pelo pIDUA foram
administrados intravenosamente em camundongos MPS I. Foi
demonstrado um aumento da atividade enzimática de IDUA e da
expressão desta enzima em diferentes órgãos, em especial no fígado
e nos pulmões, em comparação aos camundongos não tratados.
Não foram detectadas evidências de toxicidade nos principais
órgãos após administração intravenosa dos complexos. O conjunto de
resultados obtidos demonstra a contribuição da tese para o
avanço do conhecimento nesta área de pesquisa, uma vez que foi
evidenciado o potencial das nanoemulsões catiônicas peguiladas
como um sistema de transferência gênica para MPS I e, portanto
como alternativa para o seu tratamento".
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