Evento para apresentar o Laboratório de Energia e Bioprocessos.
Laboratório integra a infraestrutura do
CCET e do Parque de Ciência,
Tecnologia e Inovação da Universidade.
A Universidade de Caxias do Sul apresenta, nesta quinta-feira,
dia 10 de dezembro, o Laboratório de Energia e Bioprocessos
(LEBIO) que, recentemente, foi equipado com recursos do projeto
Produção Sustentável de Biometano para a Cogeração de
Energia Elétrica e Calor, financiado pelo programa de
projetos de pesquisa e desenvolvimento da CEEE-ANEEL.
A apresentação será às 14 horas, no auditório do Bloco 46, no
Campus-Sede, e contará com a presença do reitor Evaldo
Kuiava e do diretor de planejamento e projetos especiais da
CEEE, César Luís Baumgratz.
Ligado ao Centro de Ciências Exatas e da Tecnologia (CCET), o LEBIO
está localizado nas salas 101 A e 107 do Bloco G, no
Campus-Sede, e tem como função servir de apoio às
diversas áreas relacionadas à energia e ao desenvolvimento
de bioprocessos. Esse é mais um dos laboratórios que integram o
TecnoUCS – Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da UCS,
inaugurado na semana passada com a finalidade de promover o
avanço da cultura da inovação e do empreendedorismo.
O coordenador do laboratório, professor Marcelo Godinho,
explica que, "dentre as pesquisas em andamento no LEBIO
estão a produção de biometano e biohidrogênio a partir de
fontes renováveis, desenvolvimento de adsorventes –
carvão ativado/peneiras moleculares de carbono – com elevada
capacidade de separação de gases". O laboratório também atua na
capacitação e formação de recursos humanos em nível de
graduação, ligado ao curso de Engenharia Química, e ao Mestrado em
Engenharia de Processos e Tecnologias.
Com a parceria da CEEE-ANEEL, foram adquiridos diversos
equipamentos para o laboratório, mas os principais são o
cromatógrafo a gás, reator de leito fixo e o reator de leito
fluidizado, que irão auxiliar na pesquisa de cogeração de
energia elétrica e calor, através da recuperação do calor
presente nos gases exaustos do processo de combustão do
biometano. A recuperação do calor aumentará
significativamente a eficiência energética do processo.
Em todas as etapas do projeto se dará atenção especial aos
processos de corrosão associados à presença dos contaminantes
no biogás.
Atualmente, diversas técnicas vêm sendo utilizadas com
sucesso para a remoção dos contaminantes presentes no biogás (H2S, siloxanos, vapor de água). Dentre elas pode-se citar a absorção, a adsorção, a separação por membranas, a condensação e o uso de filtros biológicos. Da mesma forma, a remoção do CO2 do biogás está sendo feita com outras tecnologias, como PSA/VSA,
membranas gás/gás e gás/líquido, remoção biológica, entre outras.
O grande diferencial do projeto desenvolvido no LEBIO é a
tentativa de remover os contaminantes e o CO2 em uma
única etapa.
Biogás
O biogás é produzido em abundância através de diversas
fontes: aterros sanitários, aterros de resíduos industriais
perigosos, resíduos agropecuários, agroindústrias, entre
outros. A grande disponibilidade de matéria prima é um fator
determinante para o sucesso da tecnologia, e seu uso tem sido
estimulado devido ao impacto ambiental do metano como causador
do efeito estufa. Esta tecnologia pode ser utilizada em
sistemas de geração distribuída, através de unidades de micro
geração de energia elétrica, que vem se destacando como uma
alternativa as grandes unidades de geração. O biometano que será
produzido em uma das etapas do processo pode também ser usado
como substituto do gás natural, inclusive como combustível
automotivo.
Fotos: Claudia Velho.
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