Projeto da UCS contribui para melhorar a fruticultura no Vale do Caí.
Concluído no final de
fevereiro, projeto "Ações para melhoria tecnológica da
fruticultura do Vale do Caí – Fase 3", foi desenvolvido com recursos da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
do Rio Grande do Sul, em parceria com a Ecocitrus, dentro das atividades do Polo Tecnológico do
Vale do Caí.
Os resultados do projeto "Ações para melhoria tecnológica da
fruticultura do Vale do Caí – Fase 3", desenvolvido por
pesquisadores da UCS, foram apresentados, durante um dia de
campo no Pomar Experimental do Campus Universitário Vale do
Caí, para integrantes
da Câmara Regional de Citricultura do Vale do Caí, COREDE Vale
do Caí,
técnicos da EMATER, pesquisadores e professores da UFRGS,
alunos de graduação e de pós-graduação da UCS e da UFRGS,
pesquisadores da FEPAGRO -
Taquari, produtores rurais, integrantes da Associação
Montenegrina de Fruticultura, da Associação Companheiros da Natureza, da empresa Ecocitrus,
da Cooperativa COOFRUTAF e representantes de prefeituras
da região.
Coordenado pelo professor Gabriel Pauletti, o projeto foi
desenvolvido pelos pesquisadores Murilo César Santos,
Wilson Sampaio de Azevedo Filho, Rute Terezinha da Silva Ribeiro
e por acadêmicos dos cursos de Agronomia, de Engenharia Química e
de Ciências Biológicas. Pauletti explica que o projeto trabalhou
com o fracionamento do óleo essencial de citros, em que
foi desenvolvido o equipamento "Coluna de Fracionamento a Vácuo",
construído pela Up Control – empresa de Porto Alegre.
"O equipamento já fraciona o óleo. Inclusive já enviamos
amostras para a Ecocitrus, produtora de óleo essencial de
citros e parceira no projeto. Foram construídos dois
equipamentos: um de pequeno porte, laboratorial, e outro de
maior escala".
O projeto também estudou a utilização do extrato
pirolenhoso na produção citrícola, com o controle de
pragas e doenças, nutrição e indução de resistência.
"O extrato pirolenhoso é um subproduto da indústria de carvão.
Na região do Vale do Caí – que é grande produtora de carvão –
alguns fornos produzem esse extrato,
por condensação da fumaça. Esta condensação melhora
muito a qualidade ambiental da produção de carvão, pois reduz
consideravelmente a fumaça. Vários produtores já o
utilizam como repelente, melhorador da calda de pulverização
pelo pH baixo, melhora na cor de frutos, controle de doenças,
etc...
No entanto, hoje ainda não é liberado para a agricultura
orgânica. Nossos experimentos e análises visam comprovar a
eficiência e que
pode ser utilizado na produção orgânica", explica Pauletti.
De acordo com o professor, "esse tipo de projeto auxilia no
desenvolvimento regional, comprovando a eficiência dos
produtos testados. Também na área de inovação
tecnológica com o uso do equipamento desenvolvido na
pesquisa é possível agregar valor ao óleo essencial de
citros já produzido na região".
Esse projeto também já rendeu o desenvolvimento de três
trabalhos de conclusão de curso (TCC) no curso de Engenharia
Química sobre fracionamento do óleo essencial e um no curso de
Agronomia, sobre controle de doenças em plantas utilizando o
extrato pirolenhoso.
Pomar
O Pomar Experimental
foi projetado para realizar experimentos com fertirrigação
das plantas e determinar a demanda hídrica das plantas.
Nele também existe uma coleção de variedades de citros. "São 40
combinações de diferentes variedades e porta-enxertos.
Inédito na região, esse pomar servirá para pesquisa, extensão,
dias de campo e é uma unidade didática para os alunos do
curso de Agronomia", conclui o professor.
Fotos: Murilo César Santos/divulgação
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