Serviços Tecnológicos: Instituto de Biotecnologia oferece serviço de avaliação de resíduos de pesticidas em alimentos.

Laboratórios do Instituto de Biotecnologia oferecem o serviço de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos. Método desenvolvido e validado para a análise segue as orientações da ISO 17025 e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O desafio tecnológico está lançado: qualificar (o que é) e quantificar (o quanto tem) os resíduos de pesticidas em alimentos. Pesquisadores e técnicos do Instituto de Biotecnologia que desenvolvem o projeto de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos, ampliam a atuação dos laboratórios de Produtos Naturais e Sintéticos e de Análise e Pesquisa em Alimentos com a oferta de serviço de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos – processados ou não. A solicitação pode ser feita por pessoas ou empresas diretamente pelo telefone (54) 3218-2168 ou pelo e-mail servicostecnologicos@ucs.br

Segurança alimentar
Os pesquisadores que respondem pelo projeto na área de resíduos de agrotóxicos, iniciado em 2013, no âmbito do Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos do RS, já lançaram em 2015, uma cartilha com a finalidade de orientar e sensibilizar trabalhadores, profissionais e comunidade para o impacto do uso de agrotóxicos na saúde da população e no meio ambiente. Conforme o professor Sidnei Moura e Silva, coordenador do Laboratório de Produtos Naturais e Sintéticos, "estes laboratórios contam com equipamentos e equipes altamente qualificados, buscando desenvolvimento e inovação em metodologias analíticas. Este e outros métodos analíticos estão em constante desenvolvimento para a análise de alimentos". Atualmente é possível analisar 102 compostos analisados simultaneamente em matrizes diversas, como hortifrutigranjeiros, produtos processados e grãos.

"Entre os principais problemas identificados nos alimentos, está a contaminação por resíduos de agrotóxicos, sendo que o controle sobre estes potenciais agentes nocivos à saúde, em baixos níveis de concentração, demanda um grande desenvolvimento tecnológico. Neste momento, não existe um controle efetivo e disponível dos órgãos reguladores". Para exemplificar a gravidade da situação, o professor Sidnei Moura e Silva cita o caso de uma mostra de pimentão: "ele tinha seis mil ppm (uma parte em um milhão) de um organofosforado, sendo que o limite regulamentado é de apenas 50 ppm!"

Para garantir a segurança dos alimentos - sem que haja prejuízo à saúde - são determinados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – e também por órgãos governamentais internacionais como a Codex Alimentarius (do Canadá) e a Europe Union (da Europa) – os Limites Máximos de Resíduos (LMR) de pesticidas. "Estar em acordo com as tolerâncias nacionais e internacionais é pré-requisito para o comércio global de alimentos e produtos agrícolas. No Brasil, um dos programas que monitora o LMR de pesticidas é o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, da ANVISA. Segundo o último relatório divulgado por essa agência regulatória, referente a 2012, um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos", alerta o professor Sidnei Moura e Silva.

Método
O método desenvolvido e validado para a análise segue as orientações da ISO 17025 e da ANVISA (RE 899 de 2003 – Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos), sendo a extração – preparação da amostra – feita através do Quechers (do inglês - Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged and Safe), e análise por Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência (CLAE) acoplada a um detector por Espectrometria de Massas de Alta Resolução (EMAR).

Para concluir, o professor Sidnei Moura e Silva explica que a metodologia desenvolvida e validada nos laboratórios do IB permite o fornecimento de uma resposta rápida, precisa e com alta sensibilidade, isto é, da faixa de ppm (uma parte em um milhão) a ppb (uma parte em um bilhão) e pode analisar os seguintes compostos: 2,4-d, Abamectin, Acetamiprido, Ametryn, Amitraz, Azocyclotin, Azoxistrobina, Benalaxyl, Bendiocarbe, Bentazon, Bioaletrina, Bitertanol, Boscalide, Bromoxinil, Carbaryl, Carbendazim, Carbofurano, Carboxine, Cartap hidrochloride, Ciproconazol, Clorpirifos, Clothianidin, Cyhexatin, Cymoxanil, Cyprodinil, Dazomete, Deltametrina, Diazinon, Diclofope, Diclorvos, Difenoconazol, Dimethoate, Dimethomorph E+Z, Diuron, Ethion, Etil paraquat, Etofenprox, Etoxazole, Fenamidone, Fenarimol, Fenitrotiona, Fenotrina, Fenpyroximate, Fenthion, Fipronil, Fluazinam, Flufenoxuron, Fluopicolide, Fluquinconazole, Flutriafol, Fluxapyrosad, Forato, Foxim, Hexaconazol, Imazalil, Imibenconazole, Imidacloprido, Indoxacarb, Iprovalicarb, Kresoxim-methyl, Lambda-cyhalothrin, Luferunon, Malationa, Metalaxyl-m, Metamidofos, Metconazol, Methidathion, Methoxyfenozide, Metomil, Metribuzin, Myclobutanil, Novaluron, Parationa-metílica, Pendimentalina, Phosmet, Pirazofos, Pirimicarbe, Pirimifos-metil, Piriproxifeno, Procloraz, Propargit, Pyraclostrobin, Pyridaben, Pyrimethanil, Simazina, Spinosad A+D, Spirodiclofen, Spirodoclofen, Spiromesifen, Tebuconazol, Tebufenozide, Tetraconazole, Thiabendazole, Thiophanate-methyl, Tiametoxam, Triadimefom, Triadimenol, Trichlorfon, Trifloxistrobina, Triflumizole, Triforin, Zoxamide.

Foto: Claudia Velho