Conferências UCS - Universidade de Caxias do Sul, III Mostra de Trabalhos Acadêmicos sobre Envelhecimento Humano da Universidade de Caxias do Sul

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PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NA POPULAÇÃO IDOSA APÓS DESASTRES SOCIOAMBIENTAIS
Gabriel Armando De David Fadanelli

Última alteração: 2024-09-11

Resumo


As populações afetadas pelos desastres socioambientais apresentam vulnerabilidades diversas, incluindo questões de saúde mental. No Brasil, até o momento não há diretrizes que tratem da especificidade do suicídio na população idosa durante tais eventos. O presente artigo busca coletar dados sobre este fenômeno que possam fornecer subsídios a este campo. Utilizou-se neste artigo a revisão sistemática com a estratégia SPIDER, buscando artigos nas bases PubMed, CAPES e ScienceDirect a partir dos descritores Suicídio AND Idoso e Suicídio AND Desastre e seus correlatos em inglês. De um total de 37 artigos foram selecionados 8, todos revisados por pares, publicados entre 2020 e junho de 2024. Os dados mostram que o homem idoso tem o maior risco de suicídio, especialmente após os 70 anos de idade. Os índices da mulher idosa são menores, mas estão em aumento. Como agravante, após desastres socioambientais há um aumento perceptível no número de casos de suicídio por ao menos seis meses. Ainda não há estudos conclusivos sobre este fenômeno para que se possam produzir estratégias eficazes de prevenção. Identifica-se ao menos dois fatores protetores em comum nos casos bem sucedidos de prevenção ao suicídio tanto no cuidado à pessoa idosa quanto naquelas em situação pós-desastre, sendo estes o número e força dos relacionamentos pessoais e capilaridade e eficiência das redes de cuidado. Conclui-se que há necessidade de estudo e integração de estratégias às diretrizes de prevenção ao suicídio existentes para que se atenda com maior eficiência a pessoa idosa em casos de desastre socioambientais.

Palavras-chave: Prevenção de suicídio; população idosa; desastres socioambientais.