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Doenças neurodegenerativas são, até o momento, incuráveis. Essas são caracterizadas por sintomas motores e cognitivos em que há perda de células neuronais. As bases biológicas e moleculares desse grupo abrangente de distúrbios neurológicos não estão completamente elucidadas. No entanto, sabe-se que o envelhecimento e a disfunção mitocondrial estão diretamente relacionados com o desenvolvimento dessas patologias. Dessa forma, estudos pré-clínicos com enfoque nos mecanismos celulares são primordiais para o design de novas terapias adjuvantes. Portanto, visando uma futura intervenção neuroprotetora, o objetivo dessa pesquisa foi definir o perfil de segurança do extrato aquoso de Ilex paraguariensis (erva-mate) em modelo de toxicidade induzida em células neurônio-like N2A. Para mimetização do modelo, foi empregada a concentração de 10 nM de rotenona por 24 horas, um conhecido inibidor do complexo I mitocondrial, a partir de curva prévia. Após o screening inicial das concentrações de I. paraguariensis (0.5, 5, 10, 25 e 50 ug/mL), selecionaram-se a menor e a maior, além de uma concentração intermediária para o tratamento das células na ausência e presença de rotenona por 24 horas. Apesar de não reverteram à nível basal a redução da viabilidade celular, as concentrações recuperarm parcialmente esse parâmetro, além de atenuar os altos níveis de óxido nítrico induzidos pela rotenona. De forma geral, os tratamentos com o extrato de erva-mate revelaram-se seguros na referida linhagem, mas não foram capazes de prevenir os danos causados pela rotenona. Logo, novos experimentos em diferentes modelos e com exposição prolongada do extrato são necessários.