Conferências UCS - Universidade de Caxias do Sul, XIII Mostra de Iniciação Científica, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão

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Possibilidades de Atuação do Psicólogo nos Processos de Inclusão e Gestão de Pessoas com Deficiência nas Organizações
Carlos Eduardo Vieira Rosa, Silvana Ampessan Marcon, Magda Macedo Madalozzo, Tatiane Arruda, Giovana Brandalise

Última alteração: 2013-11-05

Resumo


O presente trabalho apresenta algumas possibilidades de intervenção do psicólogo nas organizações de trabalho, no sentido de facilitar a inclusão das pessoas com deficiência (PCD) nesse contexto. Esta demanda recorrente nas organizações emerge como resultado da legislação vigente. O decreto 3.298/99 em complemento à lei 8.213/91, também conhecida como a Lei de Cotas, foi criada com o objetivo de garantir, o direito ao trabalho a todas as pessoas que possuem alguma deficiência, seja ela uma deficiência física, auditiva, visual, mental ou múltipla. Porém, apenas contratar PCDs, não se configura em um comportamento organizacional inclusivo, pelo contrário, a segregação dessas pessoas pode estar ocorrendo no interior da própria organização. As organizações ainda orientam os seus processos baseados nos pressupostos da normalidade, muitas vezes, levando às PCDs a terem que se adequar às exigências estabelecidas, sem as adequações necessárias. Tais fatores reforçam a necessidade de uma mudança cultural das organizações. Mais do que intervir diretamente com as PCDs, o psicólogo pode intervir com as pessoas que são fundamentais neste processo de inclusão, a saber, as lideranças, os colegas de trabalho e os profissionais responsáveis pela gestão de pessoas. Com o objetivo de utilizar o conhecimento teórico na prática, foi desenvolvido um projeto de inclusão de PCDs em uma empresa metalúrgica de grande porte da região Nordeste do Rio Grande do Sul. Para o desenvolvimento desse projeto, a metodologia utilizada consistiu de entrevistas estruturadas, observação, dinâmicas de grupo e aplicação de inventários diagnósticos. Dentre os resultados obtidos, podem ser destacados que as pessoas avaliadas, embora baseiem suas concepções pelos pressupostos da inclusão, ainda possuem crenças baseadas nos pressupostos da normalidade. Os resultados também indicam que, de uma maneira geral, as PCDs se sentem satisfeitas com as condições oferecidas pela organização estudada.

 


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