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Ao longo dos anos, em todo mundo, as mulheres sempre trabalharam e desempenham papéis importantes na sociedade. Porém, até hoje, nota-se uma baixa representatividade feminina à frente de negociações internacionais das empresas, geralmente são conduzidas por homens, com as mulheres atuando majoritariamente nos cargos internos e de suporte. Partindo dessa realidade, esta pesquisa buscou identificar características e percepções quanto à atuação de mulheres que operam na exportação brasileira para com o mercado da América Latina. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo em nível exploratório descritivo, abrangendo a estratégia de pesquisa qualitativa genérica, com levantamento via questionário de perguntas abertas e utilização de análise de conteúdo. Dentre os principais resultados, destaca-se que as mulheres ainda enfrentam algumas dificuldades e barreiras para atuar como traders, e grande parte das participantes atuam no back office das empresas. Entre as dificuldades elencadas, evidencia-se o enfrentamento de preconceitos nas negociações quanto ao gênero feminino. Porém, ressalta-se que, no mercado de trabalho e especificamente nas relações com os países latino-americanos, esse cenário vem mudando: os países, as pessoas e as empresas estão cada vez mais abertos e receptivos para negociar com profissionais do sexo feminino, promovendo mais oportunidades para o desenvolvimento de suas carreiras perante o cenário internacional.